Gosto de LANA DEL REY.
Agrada-me tudo o que ouvi dela, até agora. Muito. E estou a borrifar-me para o (suposto) botox que embelezam os seus lábios carnudos, para a sua dúbia "autenticidade" ou para as debilidades vocais que evidencia ao vivo. A sério, estou a marimbar-me para todos esses fait-divers que nada têm a ver com música e que apenas servem para alimentar discussões estéreis em redor dos méritos/deméritos da senhora Lizz Grant.
Agrada-me tudo o que ouvi dela, até agora. Muito. E estou a borrifar-me para o (suposto) botox que embelezam os seus lábios carnudos, para a sua dúbia "autenticidade" ou para as debilidades vocais que evidencia ao vivo. A sério, estou a marimbar-me para todos esses fait-divers que nada têm a ver com música e que apenas servem para alimentar discussões estéreis em redor dos méritos/deméritos da senhora Lizz Grant.
Não me incomoda nem um pouco que Lana Del Rey seja um produto cozinhado em laboratório por algum guru do marketing ou uma simples carinha laroca nas mãos de algum produtor talentoso e calculista. E depois? Os Sex Pistols foram fabricados por Malcolm Mclaren (que até lhes escolhia os trapos que deveriam vestir) e, no entanto, nunca ouvi ninguém (de bom gosto) duvidar da sua autenticidade ou colocar em causa a relevância da sua música. E o que teria sido de Elvis sem Colonel Tom Parker? Ou dos Beatles sem Brian Epstein? Ou dos Clash sem Bernard Rhodes?
A história da música popular está recheada de farsas, de golpes publicitários e de estrelas rock/pop aclamadas pela crítica e pelo público que passaram a vida a obedecer às estratégias dos managers, editoras e produtores. Neste negócio não há inocentes. Nunca houve.
Para mim, é igualmente irrelevante se Lana del Rey sabe ou não cantar ao vivo. Admiro bastante alguns cantores que, simplesmente, não funcionam em cima de um palco. Ian Brown dos Stone Roses e Bernard Sumner dos New Order, por exemplo, são dois cantores "medíocres" ao vivo. No entanto, adoro ambas as bandas e os discos que gravaram. Assim como adoro as suas vozes...em disco.
Já a Rihanna e a Celine Dion, raramente falham uma nota ao vivo. Mas não suporto nenhuma das duas. Claro que aprecio uma boa voz e bons cantores (quem não aprecia?), mas prefiro vozes tecnicamente "imperfeitas" a cantar boas canções, do que vozes perfeitas a interpretar canções de merda.
Pertenço à facção dos que defendem que Lana del Rey tem sido servida por um punhado de excelentes canções. Como não julgo uma cantora pela quantidade de botox que injecta nos lábios, ainda não encontrei razões para embirrar com a miúda.
Dito isto, mentiria se dissesse que não me provoca alguma urticária todo este hype criado à sua volta. Claro que sim. Até porque demasiado hype costuma resultar em mau hype. Porém, caso consiga sobreviver ao seu próprio hype e o seu disco de estreia corresponda às expectativas (que são altíssimas), Lana del Rey pode vir a tornar-se uma das grandes figuras Pop dos próximos anos. Basta, para isso, que nos continue a oferecer pérolas como estas que vos sirvo em baixo.
Primeiro, "BORN TO DIE" remisturada por WOODKID.
Depois, numa versão "mexida" por DAMON ALBARN (Blur, Gorillaz).
Ouçam. Ouçam apenas.
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