ALGUMAS NOTAS SOLTAS SOBRE "RED CARPET MASSACRE", O NOVO ÁLBUM DOS DURAN DURAN:
--> Com quase três décadas existência, 12 álbuns de estúdio editados e cerca de 80 milhões de discos vendidos em todo o mundo, os DURAN DURAN mostram em "RED CARPET MASSACRE" que (ainda) são uma banda POP relevante e ambiciosa.
--> À semelhança do que fez Madonna com William Orbit em "Ray Of Light" e Jacques Lu Cont em "Confessions On A Dancefloor", ou os U2 com Brian Eno em "The Unforgettable Fire", "Achtung Baby" e "Zooropa", também os Duran Duran resolveram recorrer a um dos produtores mais reputados do momento - neste caso TIMBALAND - para revitalizar e actualizar o seu som. Nada de novo. Já o tinham feito em 1983 com Nile Rodgers, no single "The Reflex" e, mais tarde, no álbum "Notorious" (1986).
--> Embora temas como "Nite Runner" e "Skin Divers", numa primeira audição, sugiram o contrário, não tenham ilusões, "Red Carpet Massacre" é um disco dos Duran Duran e não de Timbaland. A produção de "Timba" (que neste disco foi "obrigado" a funcionar como mais um membro da banda) e do seu protegido Nate "Danja" Hills limitou-se a acentuar a vertente mais "funky" e dançável do grupo, revestindo as canções com uma camada brilhante de sintetizadores, batidas pujantes e baixos marcados e insinuantes. No fundo, nada que o grupo não tenha feito no passado...sem Timbaland.
--> Apesar dos seus méritos indiscutíveis como músico e guitarrista, ficou claro que Andy Taylor não tem lugar nestes Duran Duran. Eu, pelo menos, não sinto a sua falta. Que tenha uma boa vida...
--> Nota máxima para "The Valley", muito possivelmente, a melhor canção de abertura de um disco dos Duran Duran desde "Rio", do álbum "Rio" (1982). Será um crime se não for editado como single.
--> Com quase três décadas existência, 12 álbuns de estúdio editados e cerca de 80 milhões de discos vendidos em todo o mundo, os DURAN DURAN mostram em "RED CARPET MASSACRE" que (ainda) são uma banda POP relevante e ambiciosa.
--> À semelhança do que fez Madonna com William Orbit em "Ray Of Light" e Jacques Lu Cont em "Confessions On A Dancefloor", ou os U2 com Brian Eno em "The Unforgettable Fire", "Achtung Baby" e "Zooropa", também os Duran Duran resolveram recorrer a um dos produtores mais reputados do momento - neste caso TIMBALAND - para revitalizar e actualizar o seu som. Nada de novo. Já o tinham feito em 1983 com Nile Rodgers, no single "The Reflex" e, mais tarde, no álbum "Notorious" (1986).
--> Embora temas como "Nite Runner" e "Skin Divers", numa primeira audição, sugiram o contrário, não tenham ilusões, "Red Carpet Massacre" é um disco dos Duran Duran e não de Timbaland. A produção de "Timba" (que neste disco foi "obrigado" a funcionar como mais um membro da banda) e do seu protegido Nate "Danja" Hills limitou-se a acentuar a vertente mais "funky" e dançável do grupo, revestindo as canções com uma camada brilhante de sintetizadores, batidas pujantes e baixos marcados e insinuantes. No fundo, nada que o grupo não tenha feito no passado...sem Timbaland.
--> Apesar dos seus méritos indiscutíveis como músico e guitarrista, ficou claro que Andy Taylor não tem lugar nestes Duran Duran. Eu, pelo menos, não sinto a sua falta. Que tenha uma boa vida...
--> Nota máxima para "The Valley", muito possivelmente, a melhor canção de abertura de um disco dos Duran Duran desde "Rio", do álbum "Rio" (1982). Será um crime se não for editado como single.
--> Curiosa e discutível a escolha de "Falling Down" para single de apresentação do álbum. Esta belissima balada "mid-tempo", co-escrita em parceria com Justin Timberlake, está longe de merecer figurar entre os melhores momentos do disco. Para mais, dá uma ideia errada de "Red Carpet Massacre". A escolha devia ter recaido num tema mais "up-beat", como "The Valley", "Nite Runner", "Skin Divers" ou "Tempted". O vídeo, contudo, é soberbo. O melhor da banda em muitos anos.
--> Com "Red Carpet Massacre", os Duran Duran assinam o seu melhor disco desde "The Wedding Album", de 1993. Um disco em sintonia com o seu tempo, ambicioso e arrojado. Provavelmente, demasiado arrojado para os ouvidos de alguns fãs mais "conservadores", para quem este está longe de ser um disco consensual...as usual!
--> Com "Red Carpet Massacre", os Duran Duran assinam o seu melhor disco desde "The Wedding Album", de 1993. Um disco em sintonia com o seu tempo, ambicioso e arrojado. Provavelmente, demasiado arrojado para os ouvidos de alguns fãs mais "conservadores", para quem este está longe de ser um disco consensual...as usual!
--> Uma coisa é certa, independentemente das críticas e das vendas, por estes lados, não restam dúvidas: está encontrado O ÁLBUM POP DE 2007. Infelizmente, e porque se trata de um disco dos Duran Duran, sei que poucos lhe prestarão a merecida atenção e serão ainda menos aqueles que o irão ouvir sem os habituais preconceitos da treta. A rádio nacional vai ignorar este disco como ignorou o anterior "Astronaut" e a imprensa do costume vai tratá-lo como tratou todos os discos dos Duran Duran. É pena. Mas, por outro lado...who da fuck cares?
7 comments:
...who da fuck cares indeed!
Subscrevo inteiramente o teu post, gosto bastante do RCM e como já há muito deixei de me preocupar com preconceitos alheios, não vou deixar de gostar se a ou b aproveitarem para fazer dos DD o seu ódiozinho da semana. Nada a que não estejamos habituados quando se trata dos DD, eternamente subvalorizados.
Não acho até nada má a "Falling Down", sinceramente. Gosto até bastante da música, embora esteja ali num limiar perigoso a tender para a famosíssima "xaropada".
Também já escutei o CD e acho um belo disco, sim senhor, embora deteste os Duran Duran no registo mais funky que algumas vezes seguem.
Quando é pop, é bom. Muito bom ("The Valley").
Quanto ao resto, são palavras de um fã que defende aquilo que gosta quando a mínima coisa desse CD lhe toca profundamente, o que é bom e é de dar valor. Há uma coisa em que serás muito pouco atacado por quem quer que seja: não há muitas bandas hoje em dia a fazer realmente música "pop", puramente "pop". Portanto, é também difícil olhar para 2007 e procurar no espectro da pop mesmo pop um disco equiparável, porque os Duran Duran nunca se assumiram como uma banda mais do que pop, a meu ver - para quê, se o fazem bem.
Espero então hoje um espaço CC governado por uma especial perseverança nas ideias a defender.
P.S: Como correu a noite de Sábado? O que achaste?
Abraços.
Para mim, os DD sempre foram e serãoma banda nº1, de sempre! Gosto de outras, claro. Mas Foram os 5 rapazes de Birmimgham que me tocaram com a sua música fantástica! Desde 81, e até hoje, nunca deixei de comprar os seus albuns, apesar de ás vezes passarem despercebidos ( entre 86 e 2001) por cá! Este album, apesar da batida à lá Timbas, traz um disco cheio de música que em 80% pode ser um potencial single, para além do Falling Down. mas o mais importante é que se compre os discos e o mercado de singles, para mim à muito que deixou de importar. Aconselho a comprar a edição especial (CD+DVD) que revela o trabalho que eles tiveram, desde a saída do Andy Taylor (pela 2ªvez) e o refazer do album em tempo record.
Viva os DD e em 2008 são comemorados 30 anos de carreira desde que o Nick e o John decidiram formar a sua banda! ;)
Parabéns, rapazes.
"...embora deteste os Duran Duran no registo mais funky que algumas vezes seguem..."
My_Little_Bedroom,
espera lá, estás a querer dizer-me qua não gostas do "Notorious" ou desse hino-pop chamado "Skin Trade", por exemplo? A sério? Epá, não esperava essa vindo de ti...eh..eh...
Abraços
Não, não referi nomes em particular. Queria começar por falar neste disco: não é todos os dias que troco o "Tricked Out" (mesmo sem voz)", "Tempted" ou "Zoom In" pelo "Nite Runner". Até posso gostar do "Skin Divers"(que sim, segue uma batida muito semelhante ao "Nite Runner") mas: Justino, as tuas colaborações não são todas boazinhas (aliás, já estou farto de te ouvir).
Era necessário, de facto, lavar a imagem e o som da banda depois do "Astronaut", e talvez seja o melhor disco dos DD desde há algum tempo, mas há caminhos que espero que não se prolonguem em demasia. Não se trata de preconceito ou de ser conservador: gostava que os DD não seguissem tanto a veia do "Nite Runner", mesmo tendo lido aqui que o Timbaland foi tratado como um membro adicional da banda que como produtor que também é, teve direito a aproximar-se mais do seu espectro de acção como qualquer membro da banda ou qualquer condição que puxasse mais a um determinado rumo nas músicas (como no caso de "Falling Down" ou de "She's Too Much" que agradam mais aos fãs mais conservadores dos Duran Duran e anti-funk ou hip-hop). Excepções à parte, tens toda a razão quando referes a palavra "actualidade" na crítica a este disco: o toque é amiúde vincadamente DD, mas podia ser um disco de estreia de uma outra banda mais actual (que, com um disco destes que no seu geral, tem uma grande coesão e afirmação no seu som, denotaria um potencial de fazer carreira a grande nível estupendo).
P.S: E a mãezinha/manager do Canhé que faleceu? Vá lá, manda um docinho ao rapaz eheh.
(Vá, já sabemos que com o dinheiro todo era ele que podia mandar doces e que a pessoa não pode ser equiparada ao músico, está bem.)
Cheers...
A tua opinião e a do Nuno Galopim reflectem em conjunto o que eu penso deste disco.
melhor tema do album: THE VALLEY (gorgeous!!!!)
bom single: Falling Down (é o Save a Prayer do anos 2000)
Pior do album: as vozes (rappin) de Timbaland. é pessimo rapper e é perfeitamente dispensavel, manchando por vezes os 2 temas em que tem protagonismo.
de resto, nada a dizer.
como disse só não é perfeito, por terem deixado o TIMBA ir alem dos botões.
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